sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Liderança

É bem simples de imaginar que a liderança dependa e esteja diretamente relacionada a ações, conhecimentos, e comportamentos, de um líder, o que não é tão imediato assim, fugindo às vezes a nossa intuição, falseando nossa leitura sobre liderança, é que ela pode estar direcionada não a apenas um líder, mas pode ser assumida naturalmente por mais de um líder, que se revezam naturalmente (fluindo esta liderança de um membro para outro) durante um projeto, baseado no momento do projeto, na disciplina em questão, e/ou na atividade específica em sendo trabalhada pela Equipe, ou por parte da Equipe (pode também existir o caso de mais de um líder natural, atuando ao mesmo tempo, em diferentes “linhas” de atuação de atividades do projeto). A liderança natural pode assim fluir de um personagem a outro, durante o caminhar do projeto. Agora, um líder, ou mais de um líder natural, sempre podem ajudar, alavancando a Equipe como um todo, quando esta naturalmente possui conscientizados seus objetivos, e comprometimento com o resultado, mas pode também atrapalhar, quando o líder, ou alguns dos lideres passam a “sofrer” do viés da vaidade e do poder. É logico que a liderança pode ser formal, aquela designada formalmente pelos gestores ou por alguém do corpo executivo da empresa, que por algum critério define formalmente o líder, mas se este líder, possuir apenas ao seu favor a liderança formal, pode até conseguir algum resultado a curto e médio prazo, mas não conseguirá obter, somente pela liderança formal, que sua Equipe atinja algum grau de excelência, ou o nível possível de uma Equipe de elevado desempenho. Ao longo de minha experiência profissional, já vi líderes e gerentes que mantinham seu gerenciamento ou sua liderança, fazendo o que chamo de liderança pelo medo, ou pelo atrito. A pressão, as intrigas, e o medo, podem durante algum tempo ter algum alcance, mas por experiência própria, já sofri gerenciamentos deste tipo, ele acaba fazendo com que a curva de stress, de desgosto, de desilusão e de desespero, ultrapasse a curva do medo, e este líder perca assim todo e qualquer poder sobre os profissionais de sua gerência ou de sua Equipe. A curva do medo, ou tende a cair com o tempo, ou mesmo que se mantenha constante, vai acabar sendo ultrapassada, em algum delta de tempo, pela curva do desespero, da frustração, do stress e da desvalorização de seu líder ou gerente, ou de si mesmo como profissional, quando lideres ou gerentes escolhem a gerencia pelo medo ou pelo atrito.
Significado do termo líder: No Aurélio, entre outras definições, encontramos:
  1. Pessoa ou entidade que lidera ou dirige.
  2. Pessoa que exerce influência sobre o comportamento, pensamento ou opinião dos outros.


Eu acredito que um líder deve, entre outras, ser um mix natural destas duas definições acima. Um Líder é a pessoa que lidera ou dirige, e que possui influência sobre o comportamento, o pensamento ou a opinião, de seus liderados, e mais ainda, necessita construir uma atmosfera de confiança mútua, e deve ser naturalmente comprometido com os resultados e também comprometido com sua Equipe e com cada membro de sua Equipe. De outra forma, ao ser um membro ativo, comprometido, motivador, com capacidades de influenciar (no nosso caso é a influência positiva que interessa) naturalmente o comportamento, o pensamento e a opinião, de cada membro, sendo conhecedor dos interesses e objetivos do negócio e das necessidades, interesses, objetivos e limitações de cada um dos membros de sua Equipe, e conseguir distinguir bem as expectativas do negócio, dos gestores, e de cada membro da Equipe, será ele aquele que naturalmente liderará ou dirigirá bem, para o sucesso, sua Equipe. Uma liderança equilibrada, justa, e comprometida para com a Equipe, e para com o negócio, é um fator motivacional e parte vital para Equipes de alto desempenho.

Liderança positiva é sempre importante para uma empresa ou um empreendimento, entretanto é vital para Equipes e projetos. Devemos ter em mente que um líder não é um super-homem, ele mesmo possui suas limitações, e precisa conseguir do corpo executivo e dos gestores, apoio, suporte, confiança e parceria. Todo projeto, por definição, tem um espaço temporal de atuação, e um ou mais produtos a serem entregues como resultado do projeto, é muito comum, em especial para projetos de maiores durações, ter entregas de subprodutos ao longo de seu ciclo total de vida.

Todo projeto tem seu valor intrínseco, definido pelo boarding da empresa, e deve ser tratado pelos responsáveis e gestores com afinco e confiança. Cada projeto é um corpo único, tem suas dificuldades e riscos, mas projetos de transformação são em especiais críticos.

A transformação é cada vez mais um fato comum, um algo que passa a fazer parte ativa e dinâmica de nossa relação para com nossa empresa, ou nosso empreendimento, mas é também cada vez mais vital para a sobrevivência de nossa empresa ou de nosso empreendimento, e desta forma, é assim importante para com a forma como lidamos e como somamos valores para o negócio, entretanto, em geral, toda transformação tende a ser um processo crítico para todos. Muitas vezes, não adianta somente sabemos cognitivamente que a mudança tem de acontecer, ou que ela é algo cada vez mais natural em um processo de elevar a competitividade de nosso empregador ou de nosso empreendimento, como tornar mais racional, mais produtivo, mais econômico, reduzindo-se perdas ou falhas, elevando-se a qualidade geral dos processos, serviços e/ou produtos, e para este alcance uma liderança, e uma liderança confiável, comprometida, participante e motivadora é essencial para o melhor andamento de todo e qualquer processo de transformação, é importante lembrar sempre que são seres humanos quem movimenta cada corporação, cada negócio ou cada empreendimento.
Uma transformação, em geral, é algo que cobra algum sofrimento e alguma dor, e não necessariamente de forma democrática, muitas vezes cobrando mais de uns do que de outros, por isso a escolha de um líder certo para esta complexa atividade deve ser feita com esmero, carinho e discernimento, ainda mais porque em geral é um processo matricial que pode envolver várias linhas de atuação, várias gerências e várias diretorias. Como um dos muitos sonhos de consumo de executivos e empreendedores, como é bom quando encontramos ou conseguimos preparar uma liderança transformadora.

Escolher um líder é algo que os superiores devem fazer com muito cuidado e atenção, pesando conhecimento e comportamento, transparência e motivação, comprometimento e confiança deste líder. A escolha dos membros de um time já é algo que merece especial atenção, contudo a escolha do líder formal deve ser mais cuidadosa ainda, para que este líder entenda que sua posição não pode estar somente calçada sobre o poder de uma liderança formal.

Liderança seria algo como que conseguir aglutinar pessoas (membros de um time) para o atingimento de um ou mais objetivos. Um líder natural é diferente de um líder formal, pois que é uma espécie de líder informal. O ideal é que todo líder formal, conseguisse uma aura de liderança informal. É impossível desassociar a liderança de uma capacidade motivacional para com seus colegas de grupo. Existem profissionais que já trazem consigo, esta arte, esta capacidade, este conhecimento, mesmo que intuitivamente, de liderança natural, entretanto, entendo, diferentemente de alguns, que a liderança é uma habilidade que pode ser desenvolvida e aprimorada em todos, mesmo que alguns não pensem como eu. Entendo eu que em toda organização, dar grande valor a lideranças positivas, naturais, ou ao desenvolvimento de líderes, deveria ser parte vital de seu processo de vida. Um líder jamais deve ser confundido com um chefe, ele não deve mandar, ele indica, ele caminha com, ele convence, ele aponta direções, ele é paciente mas sem perder o foco, ele é compromissado, respeitador, motivador e humilde. Existem estilos de liderança e características dos líderes, que não detalharei aqui, e que deverão ser parte de um futuro novo texto.

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